26.1.11

das confissões do eu

sobre o tédio -------------------------- se me perco a sensação me persegue e os todos dias de agonia se entortam em interiores, e não gosto de quem eu sou ou do caminho que sigo porque não me reconheço e não reconheço a utilidade das horas perdidas fatigadas tristes desinteressadas e o cheiro de um tempo que passa sem mim, alheio à minha dificuldade em acompanhar o ritmo dos ventos invernais; e portanto a estrada foi por mim escolhida, quis conseguir quis tentar quis ver meu nome em lista e me alegrar com as conquistas em outros solos outras línguas quis provar à mim mesma que podia mudar transpor oceanos e continuar a mesma ao mesmo nível provar que poderia continuar ser grande importar reconstruir terminar algo; e posso; mas será tudo o que há a se provar é o fim de um ciclo? deveria me conformar a nunca sentir completude no que escolho fazer? ou perdurar continuar buscando até talvez me enrugar em meias-estradas e cair finalmente sem provar fechamentos?

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