26.11.09

das confissões do eu


a questão do tempo ---------
pois o que dizer das horas que correm sem olhar para trás a decadência urgente que causam em corações fracos e tudo o que se perde a nada é destinado mesmo que existam universos paralelos para chaves e guarda-chuvas e elásticos de cabelo perdidos o nada engloba todos os tudos que se vão embora o silêncio de noites mal-dormidas e conseqüentes dores cervicais não preencham o espaço de um só picolé no freezer de mundos insossos para além dos segredos que só existem porque são contados assim como as confissões só aliviam o espírito quando nele nada se atarda ou seja nunca ou seja jamais mesmo encontrarei classes para engavetar minhas sombras cegadoras ou desesperanças agudas bem que o acaso se encarregue de carregar para longe algumas paixões perdidas e amores descompassados num exercício fatigante de auto-flagelação que temo me consumir infinitamente. cicatrizes muitas tenho acompanhando linearmente o pesar de incontáveis litros de lágrimas versadas a não sei bem quem ou o quê – e transparecendo os dias que passo a me sentir vazia e inútil pronta a desaparecer em alguma esquina escura e odiosa,

No comments:

Post a Comment