26.5.12

das confissões do eu

.......................senti que precisavas saber, desesperadamente. saber se, por acaso, não era você, da tua culpa, resposta às tuas palavras, aos gestos que não controlas, precisavas saber de onde vinha, por que razão, por quê. buscavas no meu olhar um ponto qualquer onde te amarrar, ficar tempo o suficiente pra compreender, mas meus olhares partiram para longe, longe demais, e não conseguias me encontrar, e precisavas, senti que precisavas entender. e como te dizer que não saberás, nunca, porque não conheces meus filtros azuis e esta espessa camada de lamentos que habita o interior da minha pele, e não conheces o que a faz inflar, voltar à superfície, afogar o resto dos meus gestos - o que também não conheço, o que torna tudo ainda mais difícil; não sei o que te dizer, não sei nunca o que dizer, e sei que precisas, precisas saber, mas não sei como te explicar,

1 comment:

  1. Let us go then, you and I,
    When the evening is spread out against the sky
    Like a patient etherised upon a table;
    Let us go, through certain half-deserted streets,
    The muttering retreats
    Of restless nights in one-night cheap hotels
    And sawdust restaurants with oyster-shells:
    Streets that follow like a tedious argument
    Of insidious intent
    To lead you to an overwhelming question...
    Oh, do not ask, "What is it?"
    Let us go and make our visit.

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